Deixa-me ficar assim. Deixa-me ficar assim só um minuto. Deixa-me sentir durante esse minuto a profundidade deste sentimento. Vamos falar em silêncio. Sabes que todos os dias antes de terminar, quando o sol se vai embora e a lua volta. Volta para sorrir para nós, eu preciso de brincar com o amor, preciso de partilhar o amor em palavras para ti. É algo que completa o dia, a rotina a que te habituaste. Escrevemos em linhas tortas porque o nosso amor é forte, grandioso mas torto. Vamos tocar as nuvens e espalhar o amor pela cidade. Está noite. Está frio. Está vento. Quase nem o sinto de tanto te sentir a ti. Olho para as nossas peles e comparo-as. Tiras-me o cabelo dos olhos e da boca. Sorris. Sopras-me para o nariz. Sabes que aquilo que faz uma impressão do tamanho do mundo. Mas fazes. Só para me ver toda atrapalhada. Irritas-me. Irritas-me porque dizes que fico mais bonita assim. Mas aseguir fazes-me sorrir. Fazes-me sorrir para ti e para a lua. Fazes-me sorrir para o amor. E os laços unem-se. A estrela brilha, como ela brilha. O dia passa, o sol aparece a entrar imensamente pelo quarto. Os pássaros cantam alto que até nos acordam. Vamos tomar o pequeno almoço juntos e mexo-te o café, com a tua colher preferida. A azul clara. E sujo-te a ponta do nariz com um pedaço do meu iogurte de pedaços de morango. Amo-te muito sabes? E amo muito partilhar estes pedacinhos do amor.